domingo, 24 de novembro de 2013

AÇO

No calor de um abraço, um arrepio de um braço,
Dia após dia, passo após passo.
Na infância um afago, na adolescência um amasso,
Idade chega, o primeiro a reclamar de um baço.
No sorriso um traço,de um desejo que caço,
Sonho impossível que pede, eu ainda faço.
Parecia despedida, mais um fracasso .
Almas perdidas, corpo sem laço.
Na hora da calmaria nervos de aço,
Juventude perdida, lá se vai um cabaço.
No circo da vida, sou mais um palhaço,
Que sorri da agonia e do choro me refaço.
No cinema do mundo não seria um filmaço,
Nem Chaplim um vagabundo, nem Bruce Wayne um ricaço.
Na morte um tiro, no peito um balaço,
Convocado por Deus, mas é do Diabo o Golaço.
Rima após Rima, compasso à compasso.

Acendo mais um cigarro, e acabou o meu maço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário